Sonho? Não, realidade!


Outro dia no facebook teve uma conversa de como os tratamentos são caros para a pessoa com deficiência. Vou então falar hoje, como foi que os meus pais conseguiram resolver essa questão, pois pagar fisio, fono, T.O e etc, diariamente, não é uma tarefa fácil.
Logo que descobriram o meu “problema”, meus pais não tinham condições de pagar as despesas  do tratamento, então a família, tios e minha linda avó, pagavam tudo. Meu pai, com o tempo, arrumou emprego em um banco, Citibank.
Minha mãe, sempre foi e uma pessoa com uma “visão” especial, não são sei explicar, falam que ela é bruxa, ela prevê o futuro do nada, simplesmente coisa de Verinha. Bom, ela com esse jeito, falava, enchia o saco do meu pai para ele tentar que o banco ajudasse nas despesas  do meu tratamento, ele achava que minha mãe estava delirando, sonhando, pois achava essa ideia era absurda.
Um belo dia, estavamos na praia, ainda moravamos no Rio, minha mãe estendeu uma toalha do banco para deitar, logo uma senhora encostou na minha mãe e perguntou de mim e quem trabalhava no Citibank. A senhora contou que tinha uma neta, que também tinha paralisia cerebral, mas que o pai da menina não queria a filha, então quem ela pegou para criar. Falou que também trabalhava no Citibank e que ele pagava todo o tratamento da neta!
Nossa, imagina como a minha mãe ficou, eu tinha 1 ano e pouco, não lembro, mas imagino como ela ficou, conheço bem a peça, quando põe algo na cabeça, não sossega!  Meu pai ainda relutou um pouco, no entanto foi vencido pelo cansaço e foi em busca disso, que para ele era apenas um sonho, já para minha mãe era algo tão claro, era certo!
 O banco pagou todo o meu tratamento, durante anos!
Meu objetivo aqui foi de fazer a mesma coisa que a senhora da praia, fez com a minha mãe, dá uma ideia.

Até mais,
bjo,
Carol 

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" As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem". Chico Buarque
 
Carolina - Um sonho a mais não faz mal
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